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quinta-feira, 17 de junho de 2010

História, parte 5

" 'Qer saber? Isso é irritante!', pensou Annie, com um ódio tremendo. Debateu-se mais uma vez e conseguiu se soltar, correndo por sua vida. Dessa vez, o homem não se moveu. Ficou a observá-la até que ela chegasse a um ponto que não pudesse mais ver.
'Porcaria de sol-do-meio-dia! Por que tem que ser tão quente?', pensou Annie, mais uma vez.
Ela parou numa árvore grande e se jogou no chão.
-Precisa de água? - perguntou uma voz sombria. - Se quiser, foi mal, mas eu não tenho! - e começou a rir.
-Muito engraçado. Quem é e onde está? - perguntou ela.
-Aí, garota, relaxe, eu estou atrás dessa árvore, viu? - um braço apareceu. Annie se virou e viu um rapaz qualquer. Ainda ria. Mas ela não via graça.
-Relaxe nada...Eu não vejo graça em nada disso. E por que está sol? É OUTONO! - ela começou a gritar e se dabater contra o chão, com raiva.
-Já vi que você é louca, garota! Quer que eu te leve até seus pais? - perguntou ele, rindo.
-Ah! - ela suspirou e se levantou. - Desculpe-me, mas não tenho tempo para essas idiotices.
Continuou seu caminho até chegar na cidade, novamente.
-Preciso comer alguma coisa. - ela disse para si mesma.
Procurou um bar qualquer. Três da tarde, apontava o relógio. As construções da cidade eram horríveis, mas por dentro eram esplêndidas.
Comprou uma bebida, algo salgado e sentou no banco. As notícias estavam na Televisão.
'...foragido. Ele é acusado de dois assassinatos há dois anos atrás, mas até hoje, nunca foi encontrado.'
-Moça, moça! Você por aqui? Anda me seguindo?! - perguntou aquele mesmo rapaz do bosque.
-Dá para cair fora, seu mané!? - ela perguntou, muito nervosa.
-Relaxe, relaxe! Escute, vamos conversar.
Annie franziu a testa.
-E aí, sabia que eu sou ator? - ele disse.
-Não. - murmurou.
-Pois olhe na Televisão agora.
Annie virou o rosto e olhou para as notícias. O canal havia sido mudado e estava num jornal regional. Dizia que aquele mesmo homem do outro jornal estava por ali, naquela cidade.
-Ei! Espera aí! - ANnie olhou novamente para o rapaz, mas ele sumira. - Isso é ridículo! Parece cena de filme sobrenatural...
-Não, estou aqui em baixo, queria saber a sua reação seu eu 'repentinamente' desaparecesse! - ele riu.
-É você, não é? - Annie ficou séria.
Ele se levantou.
-Prazer em conhecê-la, sou Damien! E você...? - ele esticou um braço.
-Annie. Por que ninguém aqui denuncia você? - ela apontou para as pessoas do bar.
Ele sorriu para todos, que sorriram de volta.
-Porque eles não têm porquê. "




by Frank

Um comentário:

  1. Ah! Que emoção!!!!
    (Relendo a história depois de alguns meses...)
    que vontade de escrever de novo =]

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